O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam) e o Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, administrados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acabam de criar o Grupo de Trabalho (GT) sobre Ordenamento do Turismo com Botos. Objetivo: ordenar as atividades com o boto cor de rosa, também chamado de boto-vermelho (Inia geoffrensis), em Novo Airão.
O turismo interativo com boto atrai milhares de visitantes brasileiros e estrangeiros à cidade e gera renda para a população. “No entanto, as atividades são realizadas sem quaisquer normas, monitoramento e medidas que garantam o bem-estar dos animais e a segurança dos turistas”, destaca o ICMBio por meio de um comunicado.
“A situação, para os animais, piorou ainda mais a partir de março de 2009, quando foi iniciada a construção de um porto na cidade, ao lado da ´casa´ flutuante dos botos. Desde então, houve aumento do tráfego de embarcações, da poluição sonora e da sujeira lançada na água, sobretudo óleo proveniente dos barcos que chegam e saem diariamente.”
A primeira ação do GT dos Botos foi a organização de um seminário com a participação de representantes do governo local (técnicos das secretarias estaduais de Meio Ambiente e Turismo, entre outras), da iniciativa privada (proprietários de hotéis e restaurantes) e da sociedade civil (pescadores e operadores de turismo). O evento foi coordenado pelo analista ambiental Marcelo Derzi Vidal, do Cepam. “Esperamos que a ação do GT dos Botos sejam exitosas, contribuindo para a melhoria das interações entre humanos e esses carismáticos seres aquáticos, os botos da Amazônia”, conclui Derzi.
Fonte: Panrotas
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