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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Rota Turística Belém - Bragança: abandonada!

Em 2015, a SETUR - Secretaria Estadual de Turismo em parceria com a SETRAN - Secretaria de Transportes lançou a Rota Turística de Bragança, com cerca de 225km entre a capital (Belém) e a cidade de Bragança (Polo Amazônia Atlântica). As estradas da região ganharam sinalização turística, visitas técnicas de agentes de viagens e operadores, foram ofertados treinamentos e muitos negócios se dinamizaram na época, principalmente, os balneários (igarapés) da região. Outras cidades também estavam envolvidas, pois se localizam no circuito histórico-ferroviário da Estrada de Ferro Belém - Bragança: Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel do Pará, Castanhal, São Francisco do Pará, Igarapé-Açu, Nova Timboteua, Peixe-Boi, Capanema e Tracuateua, com atrações que se espalham pela BR-316 (Belém a Castanhal), PA-320 (Castanhal a Igarapé-Açu), PA-242 (Igarapé-Açu a Capanema) e BR-308 (Capanema a Bragança). Passados 4 anos após o início do projeto, o que encontramos é um completo abandono da maior parte da rota, apenas com investimentos públicos pontuais realizados em alguns municípios como Salinópolis (Duplicação do acesso a praia do Atalaia e o novo aeroporto) e poucos privados, principalmente na ampliação de balneários. Em maio de 2019, percorremos a rota e segue alguns registros dos problemas encontrados:

Mapa oficial da rota, muito investimento inicial e nenhuma continuação: como política pública, a rota esta completamente abandonada!

Placas de sinalização apagadas são comuns ao longo de quase todo o trajeto!

Além da comunicação visual esta visivelmente gasta, outros problemas tornam praticamente impossível criar e fechar negócios na região: a cobertura de internet e telefonia móvel em quase todos os municípios da rota é precário.

A Estrada de Ferro Belém - Bragança é símbolo da rota.

A pórtico do Município de Castanhal, abandonado, mostra que as administrações municipais não abraçaram a ideia e não vem a atividade turística com potencial de geração de emprego e renda para as populações locais.

Alguns placas ainda estão em bom estado de conservação, mas sem site oficial, poucas informações digitais e quase sem acesso a internet, fica difícil perceber de fato a rota.

As poucas placas de quilometragem do trajeto não mostram muita coisa além da distância, reflexo do projeto da SETRAN, muito básico.

Placas mal conservadas não ajudam na localização das atrações.

A falta de continuidade das políticas públicas faz com que os negócios da região não alcancem um desenvolvimento razoável, com muitos locais com pouco ou quase nenhuma infra estrutura de apoio.

Algumas placas foram mal projetadas, não informam a distância de forma adequada, apenas o sentido, o que deixa o visitante desorientado.

Os negócios na região quase não tem acesso a serviços digitais mínimos, tornando o contato com eles muito difícil. O resultado é o baixo desenvolvimento do negócio.

Apesar de bonitos, muitos balneários tem crescido de forma desordenada e o tratamento do lixo deixado por milhares de visitantes (Locais) não tem sido o mais adequado em muitos casos, poluindo os cursos de água da região.

A região é muito bonita e apresenta um potencial turístico local imenso, inclusive para geração de emprego e renda, mas precisa de um olhar público urgente!

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