2013 promete ser um ano decisivo para a demanda turística interna do Brasil, por um lado, o governo quer estímular o mercado pelo outro a concentração. Parece difícil de entender, mas podemos observas nas ações recentes... enquanto o governo reduz tributos, como da navegação aérea e estímula a aviação regional; por outro lado incentiva a concentração de mercado ao aprovar a compra da Trip pela Azul e da Webjet pela Gol. Concentração de mercado se traduz em tarifas mais elevadas para o consumidor, a previsão de aumento é um ponto em discussão, com índices variando entre 8% e 15%, contudo, segundo alguns especialista, a demanda não suportaria índices tão elevados de reajuste nas tarifas. A Embratur até defendeu publicamente mais concorrência, querendo atrair empresas estrangeiras para o mercado doméstico (Coincidências da fusão TAM e LAN? Só tempo dirá!) pois com as tarifas em patamares elevadas, viajar para o exterior continuará (sempre foi) sendo mais barato, prejudicando o crescimento do fluxo doméstico.
Gol
Talvez em 2013, a empresa decida que modelo de negócio vai seguir, uma vez que mesmo com as aquisições recentes, não consegue chegar a ser a líder de mercado. Primeiro a empresa adquiriu a Varig, por orgulho talvez ou movimentos políticos, mas a operação foi um fracasso, pois nem a marca serviu para alguma coisa. Se a empresa era de baixo custo e, às vezes, baixa tarifa, porque comprar uma empresa como a Varig (falida, mal administrada, com passivos altíssimos e sem crédito no mercado)? Em 2012, a empresa resolveu comprar a Webjet, com o seguinte discurso oficial: aumentar a oferta, reduzir tarifas e ampliar a malha. Tradução desta aquisição: eliminar a concorrência, pois 8 meses antes do anteriormente anunciado, a Gol simplesmente encerrou as operações da empresa, eliminou a maioria dos voos e demitiu 850 funcionários, tudo isso para "atander melhor o cliente", que ficou sem opções, esta pagando mais caro e tem menos horários para escolher. Isso me lembra aquele ditado, "o importante é parecer e não ser", ou seja, o discurso é para agradar o cliente, mas a prática é bem diferente. Mas caros leitores, e o Cade e o Governo Federal? Fizeram-se de mudos.
TAM
Segue firme em primeiro lugar entre as maiores empresas do Brasil, com rápidas adaptações ao mercado, além da compra pela LAN, a empresa mantém um elevado padrão de serviço e as tarifas bem próximas e, para surpresas de muitos, bem mais baratas que a Gol em alguns casos. Apesar do prejuízo, a empresa segue firme no seu modelo de negócio, apesar das reduções recentes no serviço de bordo que deixaram alguns clientes insatisfeitos.
Azul
Assim como a Gol ainda não disse a que veio, prometeu tarifas mais baixas, mas até agora parece mais a TAM quando cobrava muito caro do que a Gol quando começou. Já cheguei a visualizar no site da empresa tarifas promocionais para Manaus de R$ 890,00 reais mais taxas somente o trecho de ida a partir de Belém, enquanto na mesma data a Gol estava cobrando R$ 719,00 e a TAM R$ 449,00.
Venda de serviços a bordo
Atualmente, o Brasil é um verdadeiro laboratório para o serviço de bodo das companhias aéreas, a Tam continua ofereceno o serviço tradicional, com bebidas chamadas de 1ª linha; a Gol, além de fazer a venda a bordo, utiliza bebidas de 2ª linha; a Azul oferece um serviço a la carte, com várias opções e sem restrição de quantidade, pelo menos em alguns voos. Em 2013 deveremos ver um dos modelos se consolidando mais.
Demanda doméstica e internacional
Conforme esperado, os números de desembarques internacionais apresentaram retração ao final de 2012, apesar da variação positiva no acumulado do período em relação a 2011. O número de desembarques internacionais em novembro foi de 694,7 mil – retração de 4,7% em relação a novembro do ano passado. No acumulado do ano, foram registrados 8,5 milhões desembarques internacionais, uma variação positiva de 2,75%. A tendência para 2013 é de um crescimento menor, uma vez que a crise econômica internacional continua alta nos principais mercados emissores para o Brasil, como Europa e Estados Unidos. Em meados de 2013, devem sair as primeiras projeções de demanda para 2014, ano da Copa.
No mercado doméstico, os números continuam muito positivos, somando 77,9 milhões de desembarques domésticos entre janeiro e novembro deste ano, ou 8% mais que no mesmo período de 2011. No mês passado, foram 6,86 milhões de desembarques, 4,2% mais do que o número de novembro de 2011 (6,58 milhões). Segundo o Ministério do Turismo, que divulgou hoje os dados, o resultado do mês passado configura recorde histórico para o período. O mercado nacional promete continuar aquecido, caso o governo estimule a produção e não apenas o consumo. Contudo a possível elevação acentuada das tarifas aéreas pode estimular a população a utilizar novamente os transportes terrestres ou adiar os planos de viagem.
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