Em pleno feriadão de Carnaval, nota-se, a olhos vistos, uma mudança de panorama no Turismo no Pará. Enquanto empresários do setor se desdobravam para captar mais fluxos turísticos, algumas áreas do setor público parecem ainda não entender a importância da atividade turística para uma cidade como Belém, que possui economia voltada para serviços.
Durante estes dias de Carnaval, mais de 2 mil cruzeiristas e várias grupos aéreos de pequeno e médio portes estavam passando por Belém. Dia 19/02, por exemplo, durante a manhã, mais de 4 ônibus de turismo estavam no mercado do Ver-o-peso, fazendo a festa das agências de receptivo e dos comerciantes da área. Vendedores de castanha do Pará, ervas, artesanato, sucos, frutas, farinha, entre outros, vendiam sem parar para dezenas de turistas. Somente durante o Carnaval, dois navios de cruzeiro atracaram na cidade, algo inédito, uma vez que Belém não é uma cidade que tradicionalmente atrai turistas neste período.
Contudo, a cidade como destino indutor, serviu de base para que muitas turistas seguissem a Ilha de Marajó, apesar da escassez de passagens de retorno e da precariedade das embarcações; a ilha do Mosqueiro também recebeu dezenas de visitantes, fazendo passeios opcionais.
O difícil, contudo, foi explicar aos visitantes que importantes atrações da cidade estariam fechadas durante este período. Segundo um guia de turismo, que acompanhava um grupo de visitantes pela cidade, relatou várias reclamações de passageiros que não puderam visitar atrações como o Teatro da Paz e o Bosque Rodrigues Alves/Jardim Botânico, além de alguns museus, como o de Arte Sacra.
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