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terça-feira, 8 de março de 2011

Por uma Amazônia mais unida

As lideranças políticas na Amazônia, para utilizar um ditado da própria região, "parecem caranguejo, andam pra trás". As recentes declarações do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, cuja a fortuna é estimada em 200 milhões de reais, mostram que muitos políticos da região pensam seus estados e municípios como feudos administrativos, nos quais eles são reis absolutos. O caso Amazonino, infelizmente, não é único. Recentemente, políticos de diversas cidades e estados foram pegos desviando dinheiro público, sem contar os inúmeros parentes empregados. Vejam o caso da cidade de Marabá (Pará) e do estado do Amapá. Detalhe, líderes políticos da região de Marabá buscam sua independência política do estado do Pará, que julgam "ser a melhor solução para o desenvolvimento da região". Creio que seja para melhorar o acesso ao dinheiro público, pois o estado do Amapá, bem menor que o desejado estado de Carajás, mostra que sem honestidade e lisura política, tanto faz ser grande ou pequeno, forte ou fraco, com corrupção a pobreza (de espírito, social e econômica) é a mesma.

Os feudos políticos estão por toda a parte, dois prefeitos da Região Metropolitana de Belém (municípios de Ananindeua e Belém, respectivamente, o 2º o 3º maiores da Amazônia), por exemplo, mal conseguem dialogar por questões relativamente simples: quem é responsável pelos serviços públicos nas ruas que dividem os dois municípios e unificar os sistemas de bilhetagem do transporte público urbano. Acreditem se quiser, numa região aonde vivem mais de 2 milhões de pessoas, cada município tem um sistema próprio de bilhetagem nos ônibus, ou seja, quem tem o passe em Ananideua não pode usar em Belém e vice-versa. O prefeito de Belém deve pensar "somos a capital, eles devem adotar nosso modelo", já o de Ananindeua "somos independentes deles". Cada um no seu feudo político, causando prejuízo a toda a coletividade.

Caros leitores, estou muito triste de ver os rumos políticos da nossa região. O Nordeste, aqui do lado, mostra que a união é que faz a força. Recentemente, estiveram num grande encontro político com a Presidente da República, pedindo mais investimentos e mostrando que unidos podem mais. Muitos vôos vindos da Europa, sejam regulares ou não, passam por até dois estados; nas feiras de turismo, sejam nacionais ou internacionais lá estão eles juntos de novo; dominam mais de 40% das vagas da Comissão de Turismo da Câmara, etc. Hoje, o nordestino, tem orgulho de sua região, viaja por ela e grita com todo o orgulho, sou do Nordeste.

Enquando pensarmos somente em nossas cidades e estados como feudos políticos, a Amazônia, grande por natureza, sempre vai parecer tão medíocre quanto o espírito das nossas lideranças políticas: pobre, sem visão de longo prazo, corrupta, precoceituosa com membros da sua própria região e indo na contramão dos acontecimentos - se separando em vez de se unir.

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