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sábado, 26 de março de 2011

Aeroportos da Amazônia 2: Saturação!

Caros leitores, publico esta semana uma reportagem especial sobre a saturação dos aeroportos da Amazônia. Estes terminais são considerados os principais pontos de entrada e saída de visitantes da região, ou seja, a saturação dos mesmos impossibilita um crescimento mais assentuado dos fluxos turísticos na Amazônia. Observem a tabela abaixo:
Fonte: Fabio Romero, base de dados Infraero 2009 e 2010.
 
Os dados mostram que de 2009 para 2010 os principais terminais da região ultrapassaram ou estão próximos de seus limites operacionais nominais. Há aeroportos em situação crítica, como Macapá, Manaus e Santarém; Porto Velho, Boa Vista e Belém ainda possuem folga operacionais, mas com índices próximos da saturação. Vamos a análise de alguns destes terminais:
 
Aeroporto Internacional de Manaus: a estrutura física do terminal é antiga e já não atende adequadamente a demanda. Por Manaus ser uma área de livre comércio, o espaço destinado ao processo de check in no aeroporto é restrito, provocando filas e desconforto. Parte do terminal não é refrigerada, sujeitando os passageiros a temperaturas e índices de umidade bastante elevadas. Em alguns horários, passageiros se espremem na sala de embarque, onde não há cadeiras para todos. Situação agravada nos últimos anos pelo aumento de vôos internacionais, momento em que parte da capacidade das salas de embarque é destinada apenas ao atendimento destes vôos;
 
Aeroporto de Macapá e Santarém: Macapá já registra mais de 3x a sua capacidade nominal e Santarém quase o dobro. Filas, desconforto, falta de opções de alimentação, poucas vagas no estacionamento, calor, pouca acessibilidade, entre outros problemas, prejudicam a qualidade do produto turístico destas regiões;
 
Aeroporto Internacional de Belém: apesar de estar próximo da saturação nominal, o terminal ainda possui horários ociosos, capazes de receber um aumento considerável da demanda. Contudo algumas questões mostram que a estrutura do aeroporto precisa ser revista: dificuldade de encontrar vagas no estacionamento; conflito entre usuários; encarecimento do acesso, somente por taxi e ônibus urbano (taxistas chegam a cobrar R$ 40,00 por uma corrida de 10km); falta de assentos no embarque; etc.;
 
Provavelmente, ao final de 2011, todos os terminais da Amazônia terão ultrapassado sua capacidade nominal, prejudicando o crescimento da demanda para a região. A maioria dos projetos para novos terminais estão fora dos prazos e as promessas se acumulam na mesma velocidade de crescimento do número de passageiros. Algumas medidas podem ser tomadas para equacionar a situação, enquando as prometidas obras não chegam:
- melhorar a utilização do terminal, realocando vôos (medida paliativa, pois como quase todos os terminais estão próximo da saturação, o horário disponível em um não se compatibiliza com outro);
- melhorar a gestão dos espaços internos e externos dos terminais;
- melhorar a eficiência das companhias aéreas no embarque e desembarque;
- aumentar a utilização de novos tecnologias de processamento de passageiros, como o check in on line;
 
O desenvolvimento turístico de Belém precisa de mais atenção, esperamos que estas informações ajudem nossas autoridades e tomar as medidas cabíveis para assegurar este desenvolvimento.

2 comentários:

Andre J.S. disse...

uma correção: as filas no AIEG sao em decorrência do aeroporto ser alfandegário, todos aeros alfandegário tem 2 horas de check antes do voo. E gostaria de saber qual parte do terminal nao tem refrigeração, realmente desconheço.

Fabio Romero disse...

Caro André, o mesanino não possui refrigeração.