Dia 7 de dezembro de 2010, atracou no porto de Santana, no estado do Amapá, o navio transatlântico Prinsendam, de bandeira americana, com 1.080 pessoas a bordo. Estes turistas visitaram a Fortaleza São José de Macapá, Linha do Equador, Casa do Artesão e Museu Sacaca no horário entre 9 e 13 horas.
Esta visita de mais um cruzeiro na Amazônia resultou, além do movimento econômico, um atrito nos bastidores da operação, pois setores governamentais reclamam pra si os resultados positivos de uma operação e iniciativa privada. A bem da verdade, o processo sempre acontece de forma simultânea, ou seja, a captação destas operações envolve o poder público e a iniciativa privada. Contudo, neste caso específico, as operações de cruzeiros marítimos no Amapá foi quase que totalmente custeada, pelo menos na fase inicial pela iniciativa privada, o que é muito positivo.
Porém, foi publicado e circulou em alguns emails do trade turístico que esta operação "é mais um resultado do “Produto Turístico Nautico Integrado da Amazonia”, projeto administrado pela Natureza da Amazônia, que ganhou o prêmio Samuel Benchimol entregue pela Confederação Nacional da Indústria, Ministério da Indústria e Comércio Exterior e, Banco da Amazônia. (fotos em anexo da entrega do prêmio em Manaus, pelas mãos do representante da Federação das Indústrias do Amapá)". "O projeto consiste em um esforço para aumentar o fluxo turístico para Macapá, Santarém e Manaus".
O operador do receptivo em Macapá, baseado em Belém, esclarece que "não houve apoio governamental para este processo", ou seja, mais uma vez, estamos trabalhando na contramão dos processos de desenvolvimento da atividade turística. Os governos estaduais da amazônia não apoiam a atividade turística na maioria dos estados, mas quando os benefícios aparecem, rapidamente eles se movimentam para afirmar que as ações foram alavancadas por eles e reclamam pra si os resultados colhidos.
Caros governos, estatisticamente, está provado que a atividade turística é uma das soluções para o desenvolvimento da Amazônia, a sustentabilidade, geração de emprego e renda. Se diante de tantos dados a favor, a miopia de alguns governantes faz com que não se interessem por este tipo de investimento, pelo menos deixem de demagogia barata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário