Caros leitores, refletindo sobre o atendimento atual nas agências de viagens, escrevo o seguinte post - gostaria também de ouvir a opnião de vocês:
Novos desafios para o agenciamento
A Agência de Viagem é um marco na história do turismo moderno, afinal foi baseada na forma como Thomas Cook organizou o primeiro grupo e os respectivos serviços, ainda no período da Revolução Industrial, que nasceu o conceito moderno de agenciamento de viagens. Ao longo destes mais de 100 anos de história, sobretudo nos últimos 10 anos, as agências de viagens tem passado por rápidas mudanças, impostas, principalmente, pelas mudanças tecnólogias proporcionadas pela internet. Vejamos as principais:
1. Compra direta pelo cliente;
2. Diminuição das comissões, por causa da venda direta de produtos e serviços de fornecedores para os consumidores, eliminando intermediários da transação (Agências). Ao ponto de companhias aéreas, por exemplo, não utilizarem serviços de agenciamento como canal principal de venda (Easy Jet e Ryanair, na Europa);
Somado a isso, temos um posicionamento inicial contraditório de partes dos agentes contra as novas tecnologias, como a internet, que, ao mesmo tempo, trouxe ganhos de produtividade e ameaças, pois possibilitou aos fornecedores (oferta turística) alcance global. Nos últimos meses, tenho percebido novos desafios para os agentes de viagens. O mercado turístico (demanda) tem se ampliado, com milhares de potenciais consumidores, especialmente nos países emergentes, buscando as viagens turísticas como forma de lazer e entretenimento. Diante deste novo cenário, tenho as seguintes percepções:
1. O agente de viagem não está preparado para atender esta nova demanda! Explico: na imensa maioria das agências de viagens, os profissionais só estão preparados para vender produtos da "pratileira", ou seja, prontos para a venda, de preferência de uma grande operadora;
2. Customizar custa caro. Hoje, os clientes experientes estão cansados dos corriqueiros roteiros, vendidos a anos (Fortaleza, Carnaval em Salvador, Porto Seguro, etc.). Estão buscando novas experiências, novos destinos, mas que não estão nas "pratileiras" dos agentes, ou seja, não estão formatados. A personalização fica cara demais para ser vendida por meio de um agente. Nesta situação, o cliente, no desejo pela viagem, vai ao destino por conta própria. Fábio, será verdade? Vide a pesquisa dos estrangeiros que visitam o Brasil, mais de 2/3 dos entrevistados não usam serviços de agente de viagens, pois não encontram os produtos que querem, ou quando encontram, sai muito caro. O mesmo vale para brasileiros em viagens pelo mundo.
O desafio para os próximos anos é:
Como organizar a oferta turística de forma a oferecer produtos turísticos customizados / personalizados a preços competitivos?
E vocês, caros leitores, o que acham?
Nenhum comentário:
Postar um comentário