Descaso
com a história. A frase resume a avaliação do arqueólogo e historiador
Edinaldo Pinheiro sobre o estado de degradação em que se encontra a Base
Aérea no município de Amapá (distante 300 quilômetros de Macapá). A
estrutura do lugar foi consideravelmente perdida pela ação do homem e o
tempo. São poucos os resquícios da estrutura.
O
alojamento do quartel do Exército Brasileiro, as torres de rádio e de
comunicação, porto e aeródromo sofreram depredação da população que
usaram materiais e objetos para a construção de casas no local. Cerca de
15 famílias residem na região que fica a sete quilômetros de distância
do centro urbano do município.
Criada
em 1941, a base aérea foi construída por norte-americanos durante a
Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). A estrutura permitia pouso e
decolagem de aeronaves de grande porte. O primeiro avião a pousar na
base aérea, modelo Fortaleza B-29, estava carregada de toneladas de
bombas para serem armazenadas.
A
Base Aérea de Amapá também serviu de apoio à guerra antissubmarina. Os
dirigíveis (zepelins) patrulhavam a costa brasileira e eram utilizados
em comboios de navios e operações de resgate de sobreviventes no mar. No
Amapá, há registros de dois submarinos alemães que afundaram em julho
de 1943. Com o fim da guerra, a base foi desativada e devolvida ao
governo brasileiro em 1946 e desativada na década de 1970.
Recuperação
Desde
2004, o Centro de Arqueologia da Universidade Federal do Amapá (Unifap)
realiza pesquisas na região para recuperar o patrimônio histórico e
cultural. Acadêmicos do curso de mestrado em direito ambiental e
políticas públicas criaram um programa de revitalização que inclui
tombamento, administração, preservação e valorização da base aérea por
meio de turismo.
O
programa conta com apoio do Ministério Público do Estado do Amapá para
ganhar atenção do poder público local. O Centro de Arqueologia pretede
entregar os dados sobre o plano de revitalização ao órgão em agosto de
2013.
Fonte: Portal Amazônia, via Revista Amazônia.
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