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sábado, 26 de outubro de 2013

Aeroporto: uma experiência turística!

LAS VEGAS – Você imagina um dia em que os passageiros escolherão aeroportos de acordo com o nível de satisfação em cada um deles? Pois, se no Brasil, os aeroportos são determinados pelos voos que operam – e olhe lá –, o mercado norte-americano é um dos que já começa a trabalhar a boa experiência do viajante pensando que, ao voar, por exemplo, entre a costa leste e oeste, ele poderá escolher para fazer seu ponto de conexão no aeroporto onde gostou mais dos serviços ou onde pode encontrar aquele ótimo restaurante de cuja comida gosta. Ou até cinemas.

Esse foi um dos pontos centrais do painel “Aeroportos – modelos para o futuro” da Strategy Summit que acontece durante o World Routes, evento voltado para a aviação mundial que se realiza até amanhã no Las Vegas Convention Center, nos EUA. Participaram do debate sete executivos: Sani Sener, da TAV Airports, da Turquia; Jack Kasarda, da Universidade da Carolina do Norte; Rosemary Vassiliadis, do Departamento de Aviação de Clark County, que administra o McCarran, de Las Vegas; Rosemarie Andolino, do Departamento de Aviação de Chicago; John Martin, do San Francisco International Airport; Lee Seow Hiang, do Chiangi Airport Group, da Cingapura; e Khalfan Said AlShuelli, da Companhia de Gerenciamento dos Aeroportos de Oman.

“É fundamental que o passageiro tenha uma boa experiência e queira passar um tempo em determinado aeroporto. Por isso, temos procurado cumprir o desafio de trabalhar muito próximos a agências reguladoras, como a TSA, para minimizar o estresse com a segurança”, afirmou Rosemarie Andolino, de Chicago, que disse que os aeroportos da cidade estão investindo cada vez mais em boas experiências gastronômicas, um dos pontos altos de Chicago.

“Queremos que o passageiro entre no clima de Las Vegas tão logo chegue no aeroporto. Por isso, colocamos displays, telões, vídeos com as atrações da cidade, de forma colorida e dinâmica, para deixar o visitante à vontade e diminuir seu nível de estresse”, contou Rosemary Vassiliadis, de Clark County. “Queremos que a cidade esteja em cada pedaço da experiência”, continuou a executiva. O aeroporto de Las Vegas também possui em todos os seus espaços os slots/caça-níqueis que são uma das características da cidade.

E a conquista do passageiro é mesmo uma questão empresarial, como deixou claro Sani Sener, da Turquia: “o passageiro satisfeito gasta dez euros a mais do que o passageiro que não está tendo uma boa experiência. E se ele se estressa, para de gastar”. “Já pensamos em, além de shoppings, colocar cinemas nos aeroportos para que passageiros que ficam quatro ou cinco horas em nossos espaços, por conta de uma conexão, possam se distrair”, disse o representante do Chiangi, de Cingapura.

Por conta disso, os aeroportos também estão buscando mais atrações com sabor local, como restaurantes e lojas. “Estar em um aeroporto é caro, por isso é mais difícil para os pequenos, ao mesmo tempo em que as grandes marcas podem ser vistas em vários aeroportos de diferentes países. Por isso, estamos desenvolvendo um modelo para trazer empresas menores, locais, para o aeroporto para que a experiência da viagem continue”, contou John Martin, do San Francisco International Airport.

“E como os aeroportos ganham dinheiro? Por que as aéreas pagam? Se os ganhos vêm com o passageiro, por que os aeroportos não pagam às aéreas que escolherem usá-los?”, questionou o moderador Aaraon Heslehurst, da BBC World News. “Somente cerca de 10% da receita das aéreas, de um modo geral, são gastos com pagamentos e taxas aeroportuárias. Os outros 90% cabem a combustível e leasing de aeronaves, por exemplo”, disse Sani Sener, da Turquia. “Por isso elas continuarão nos pagando”, continuou, arrancando risadas da plateia. Ele afirmou também que aéreas eaeroportos precisam buscar o caminho da negociação construtiva, uma vez que a receita de um vem da despesa do outro.

Rosemary Vassiladis, do departamento que administra o McCarran, de Las Vegas, ressaltou ainda a importância da tecnologia para os aeroportos. “Acrescentamos recentemente o novo terminal 3, mas temos pouco espaço e o caminho é usar a tecnologia para aumentar a agilidade da infraestrutura e dos serviços e, com isso, proporcionar uma experiência melhor e mais eficiente ao passageiro.

Outro tema em questão foi a sinalização em vários idiomas, especialmente o chinês. “Cada vez mais buscamos símbolos em vez de linguagem, para não poluir o campo visual. Os aplicativos (apps), que facilitam a circulação no aeroporto, também estão adquirindo função importante”, disse Rosemarie, de Chicago.Angela Gittens, do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI World), aproveitou para fechar o debate com uma intervenção. Segundo pesquisas realizadas pelo órgão, as cinco coisas que o passageiro mais espera no aeroporto são: um bom ambiente, facilidade para encontrar o que precisa, limpeza geral, limpeza dos banheiros e acessibilidade.
 O Portal PANROTAS viaja a convite da Las Vegas CVA e do complexo The Venetian/The Palazzo, voando American Airlines, com assistência GTA

Fonte: Panrotas.

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