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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Égua... 800 aeroportos!?

Caros leitores, não sei de onde alguns presidentes constroem suas políticas públicas. Creio que deveriam ter mais bom senso ao anunciar tais medidas! Francamente, anunciar a construção de 800 aeroportos se mal estão funcionando os atuais revela uma completa falta de foco na gestão atual na questão relativa ao infra estrutura aeroportuária do país. Vamos a notícia (Fonte: Panrotas):

"A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12), em Paris, que o governo pretende criar cerca de 800 aeroportos regionais no País. Segundo presidenta, pelo projeto, cada cidade com até 100 mil habitantes deverá ter um aeroporto a, no máximo, 60 quilômetros de distância. “É uma necessidade também importante para o crescimento do país”, disse Dilma a empresários franceses, após participar do seminário empresarial Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica.

Dilma falou sobre a importância da privatização de grandes aeroportos e da recapacitação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e ressaltou a necessidade de interiorização do transporte aeroviário num país continental como o Brasil. A presidenta enfatizou a importância de fortalecer a aviação regional no país, "diferenciada da aviação de longo alcance". Segundo ela, é preciso interiorizar o transporte aeroviário no Brasil. "Nós precisamos de médias empresas regionais de aviação.”

Além de um aeroporto a no máximo 60 quilômetros de distância em municípios com até 100 mil habitantes, a presidenta defendeu a construção de aeroportos nos pontos turísticos do país e disse que o governo tem recursos para isso. “Nós temos recursos para isso – originários até das outorgas que cobramos dos aeroportos, dos grandes aeroportos.”

A presidenta também confirmou que o governo deve lançar, até amanhã (13), o edital para o leilão da primeira etapa do trem de alta-velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio de janeiro. O edital foi aprovado na última semana pelo Tribunal de Contas da União com ressalvas. “Amanhã, daremos um passo decisivo porque o trem de alta velocidade, que será licitado em dois momentos, começa a ter a sua licitação de tecnologia – licitam-se a tecnologia a ser adotada e o operador, e, na sequência, escolhe-se e licita-se a construção.”
 
Comentários: Tenho algumas questões para fazer ao idealizador desta "idéia":
 
1. A maioria das cidades brasileiras já possui aerodómos em situações precárias, com pistas de terra e sem terminal de passageiros. Não faria mas sentido reformar os atuais em vez de construir novos?
 
2. A Infraero administra 67 terminais em todo país, sendo que alguns estão sendo privatizados. Os terminais sob gestão da empresa, a maioria, é deficitário, ou seja, gastam mais do que arrecadam, sendo assim, de onde virá o dinheiro para administrar mais 800 aeroportos deficitários? Neste rumo, teremos uma nova previdência anualmente!
 
3. Os custos operacionais no interior do país são altíssimos, como revelou uma recente pesquisa no Amazonas: na rota Tabatinga - Manaus a Trip chega a cobrar R$ 1.200,00 por trecho, ou seja, mais caro que uma passagem para os Estados Unidos. A empresa alega que os custos são elevados, obrigando a empresa a voar com combustível e alimentação de ida e volta. Sem uma política para a aviação regional, vamos construir elefantes brancos no interior do país?

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