Caros leitores, ainda não tive oportunidade de voar na maior aeronave do mundo, o Aurbus A380. Quem sabe em breve! Contudo, segue um Flight Report desta interessante experiência:
Fiz dois vôos no A380, pela Emirates Airlines. Como vocês já devem ter acompanhado aqui também no MD, a Emirates está entre as 10 melhores companhias aéreas do mundo. Apesar de não ser o foco da publicação, aproveitarei a ocasião também para descrever um pouco sobre as impressões que tive dos serviços deles...
Fiz dois vôos no A380, pela Emirates Airlines. Como vocês já devem ter acompanhado aqui também no MD, a Emirates está entre as 10 melhores companhias aéreas do mundo. Apesar de não ser o foco da publicação, aproveitarei a ocasião também para descrever um pouco sobre as impressões que tive dos serviços deles...
Meus voos foram de Dubai
para Johanesburgo, e de Johanesburgo para Dubai, sendo 9h de voo cada trecho.
Algo importante a comentar foi que fiz esses voos como parte de uma conexão meio
maluca. Na verdade, saí de Guarulhos e meu destino final seria Dubai. Na compra
dos bilhetes, eu teria opção de não precisar voltar até Johanesburgo para ficar
em Dubai. Mas como vi na descrição detalhada dos voos que essa ida e volta
“extra” a Johanesburgo seria feita em um A380 e sem custo adicional, não pensei
duas vezes (entendam: fui para Dubai, voltei no mapa para Johanesburgo, e depois
retornei para Dubai seguidamente só para voar no grandão). Com isso, encarei 18h
de voo a mais, o que, pelo menos para mim, valeu, e muito, à pena. Vocês
precisavam ver a cara da atendente da Emirates quando expliquei no check-in que
havia escolhido aquele trecho adicional de propósito. Ela até chegou a perguntar
mais de uma vez: “o senhor tem certeza que não quer ficar de uma vez em Dubai?”.
Que nada! Fui, e animado! Isso é que é espírito de viajante, não é? Os serviços da Emirates
foram impecáveis. Não tive atrasos em nenhum dos vôos e fui cordialmente
atendido em todos os procedimentos de check-in. Uma particularidade do A380 é
que a gente já fica boquiaberto logo de cara na sala de embarque em função da
quantidade de passageiros esperando para embarcar no mesmo voo. Com isso, no
momento da entrada, formam-se aquelas grandes filas, mas que rapidamente se
esvaziam pela eficiência do pessoal de atendimento da companhia (não posso
negar). Algo diferente também que vale à pena comentar é que o embarque da
classe Executiva é feito por uma passarela separada. No A380, a Executiva e a
Primeira classe ficam no andar de cima do avião, que conta com sala de estar,
ambiente Lounge e muitas outras regalias. Infelizmente, conforto assim ainda é
para poucos, e não era o meu caso, que também estava a trabalho. Mas reclamar do
quê, não é?
Ainda mais espantados
ficamos ao olhar pela primeira vez para aquele “monstro” de avião na pista.
Também pudera, para se ter uma idéia melhor da grandiosidade do cara, seu
projeto de construção levou mais de 10 anos, com custo superior a R$ 35 bilhões.
É tão grande que os funcionários que cuidam do procedimento de manutenção da
aeronave ficam minúsculos próximos das “pequeninas” turbinas da máquina. E como
também já relatou o MD, para um bicho desses aterrissar em Guarulhos hoje é
preciso parar todo o aeroporto.
Agora vamos falar do
interior. Os aviões de ambos os voos eram bastante novos. Achei a limpeza também
valorizável. O A380 comporta de 525 (três classes) a 845 (uma classe)
passageiros, com um comprimento na horizontal de quase 73m, e de 24m na
vertical. No meu caso, peguei nos dois voos o avião que era dividido nas três
classes. No andar debaixo, o avião possuía uma fileira central de quatro
cadeiras que se estendia por 3 diferentes salões internos. Nas laterais, havia
outras duas fileiras (uma de cada lado) com 3 cadeiras também, se estendendo por
todo o avião. Transitei por ele algumas vezes para ter ideia do tamanho, e achei
tranquilo o deslocamento, apesar dos corredores meio apertados (como nos outros
modelos de aviões comerciais). Há banheiros nas partes dianteira e traseira, e
também nos meios da aeronave.
Outra particularidade que
achei bastante interessante é que a tripulação de cabine deles, além de
muitíssimo educada, é fluente em vários idiomas. Mesmo num voo saindo de países
que não têm nada a ver com o nosso, você certamente achará algum comissário que
fale o português. Além disso, apesar das dimensões diferenciadas, os
procedimentos de bordo no A380 são os convencionais, com exceção da parte
diferenciada em relação ao número e localização das portas de
emergência.
Foram servidas refeições
muito fartas durante os dois voos, quase que no mesmo padrão e horários. Pouco
tempo depois da entrada, serviram vinho (que era à vontade) e aperitivos. Cerca
de duas ou três horas mais tarde, serviram uma refeição completa, em que
poderíamos escolher entre carne vermelha ou massa. Os talheres eram de metal e
os complementos (manteiga, queijo, biscoito e chocolate) bem gostosos. Ah, um
detalhe, algum tempo antes da refeição era passado um menu para que todos os
passageiros fizessem a escolha do prato principal, da salada e da sobremesa (e
isso mesmo na classe Econômica). Para finalizar, serviram um lanche com novos
aperitivos e mais chocolate (que era à vontade para quem quisesse).
Ainda sobre o serviço de
bordo, algo que gostei demais também (e ainda não havia visto) era um conjunto
de 3 etiquetas que eles distribuem logo após o embarque. Elas servem para você
colar no seu assento caso queira ser acordado no momento das refeições, na hora
que forem passar o Duty free, ou então no caso em que você não queira ser
perturbado durante o voo. Gostei demais daquilo, pois vira e mexe eu
simplesmente “apago” dentro dos vôos e acabo ficando com fome. O avião é mesmo enorme. A
gente fica meio besta com a quantidade de cadeiras. Elas não são lá um leito,
mas já são diferenciadas em relação às companhias de menos estrelas (o estofado
é bom e até mesmo aquelas das últimas posições são reclináveis). Um detalhe que
achei bastante legal também foi que em todas elas havia tomadas e conectores
USB. Aproveito a deixa então para comentar sobre o serviço de entretenimento do
A380. Para quem não conhece, o sistema da Emirates se chama ICE e funciona no
esquema “on demand” (cada passageiro escolhe o que quer ver). Achei ótimo. Há
opções de filmes bastante atuais e mais de 1000 canais com programação
específica sobre viagens, negócios, cultura, entretenimento etc.; além de jogos,
músicas e informações tradicionais sobre o voo. Como ponto negativo para alguns,
fica o fato de alguns filmes mais novos do cartaz não possuírem legendas em
português. Outra coisa
impressionante é que apesar das dimensões os pousos e aterrissagens foram
surpreendentemente confortáveis. E também não tive problema algum com a retirada
de bagagens. Aliás, ainda fico sonhando aqui com o dia em que nossos aeroportos
poderão ter um sistema de retirada de bagagens tão modernos e eficientes quantos
os de Dubai. Uma última dica: minhas
horas de espera pelos vôos no A380 no aeroporto de Dubai foram amplamente
compensatórias. Além de ter ganhado uma refeição da Emirates (pelo intervalo de
espera ser superior a 4 horas), o aeroporto de Dubai é lindíssimo. O terminal
exclusivo da Emirates parece um shopping de luxo. A moçada que é fã de lugares
modernos (além de compras) e for passar por lá não pode deixar de reservar um
bom tempo para admirar os seus interiores. Aproveito a deixa para sugerir ao MD
que abra uma série específica também para a gente destrinchar os aeroportos
(falar da infraestrutura, localização, serviços de cada um etc.).
Enfim, se um dia eu tiver
nova oportunidade, voarei novamente de Emirates. E se puder ser em um A380,
melhor ainda.
Fonte: texto orignal em http://www.melhoresdestinos.com.br/avaliacao-emirates-a-380.html, via blog Direto da Pista, com edição de Fábio Romero.
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