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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Aeroportos internacionais x nacionais

Interessante notar os caminhos tomados pelos grandes terminais aeroportuários nacionais e os internacionais, enquanto no exterior, além da melhoria óbvia dos serviços prestados, verifica-se a agregação de espaços de convivência, acessibilidade de/para centro das cidades atendidas, grandes centros de compras, espaços de arte, sustentabilidade, etc; no Brasil, além dos projetos terem ficados menos arrojados, os novos concessionários dos terminais privatizados não tocam em assuntos mais globais de funcionamento dos aeroportos, como acessibilidade. Vejamos alguns exemplos, apontados pela revista Travel and Leisure, que chegam a ser atrações turísticas de suas respectivas cidades (retirado da lista de discussão Contato Radar, com comentários de Fabio Romero):

1) Terminal B, Aeroporto Internacional de Sacramento, Estados Unidos: Cinquenta anos após sua inauguração, o Terminal B do Aeroporto de Sacramento, na Califórnia, precisava ser modernizado. A reforma, terminada em outubro do ano passado, custou mais de US$ 1 bilhão, maximizando o uso das energias e dando uma nova cara ao terminal aéreo, com detalhes modernos e artísticos. Na área de portões de embarque, 140 mesas triangulares estão disponíveis para conectar aparelhos eletrônicos e a aplicação “B4 You Board” (algo como “antes de você embarcar”) permite que os passageiros peçam comida antes da viagem.
- Uma nova experiência em viagens!

2) Aeroporto Internacional de Winnipeg, Canadá: A rainha Elizabeth II e seu esposo, o Duque de Edimburgo, foram os primeiros passageiros a aterrissar no novo terminal do Aeroporto Internacional de Winnipeg, em outubro do ano passado. O famoso arquiteto argentino Cesar Pelli, conhecido por ter criado as Torres Petrona, na Malásia, foi o responsável por projetar este moderno terminal do aeroporto canadense com muita luminosidade e beleza.
- Os projetos arquitetônicos dos aeroportos do Brasil não chegam a impressionar, são funcionais, mas não passarão de caixas com telhados ou lonas para acomodar passageiros. Ve-se em Guarulhos, por exemplo, que entre o projeto apresentado pela Infraero e o atual, uma grande simplificação do projeto: funcional, mas nada bonito e arquitônicamente não acrescenta nada a paisagem urbana da cidade, sem regionalismos.

3) Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Las Vegas, Estados Unidos: Os engenheiros que planejaram a expansão do Aeroporto Internacional de Las Vegas tiveram que, literalmente, mover estradas para dar espaço ao novo Terminal 3. O resultado é um terminal moderno e extravagante, no melhor estilo de Las Vegas. Como não poderia faltar, há um salão de jogos com mais de 300 máquinas caça-níqueis.
- Regionalismo no projeto. Pergunta: o que de regional terão os novos aeroportos de Brasília e São Paulo?

4) Terminal 2 do Aeroporto Internacional de San Francisco, Estados Unidos: Único no mundo a ter um verdadeiro museu em seu interior, o Aeroporto Internacional de San Francisco oferece arte em todos seus setores. E isso não é diferente em seu recentemente reinaugurado Terminal 2, que conta com painéis luminosos coloridos, materiais ecológicos e até um espaço para a prática de ioga, onde celulares estão proibidos.
- Conexão demorada, atraso de voo? Neste aeroporto não é problema, há dezenas de opções de entretenimento. Dá até vontade de esticar a conexão! Isso gera consumo, relaxamento dos processos necessários a viagem (alfandega, segurança, documentação, etc.), além de aumentar a arrecação de impostos e tributos. Pergunta: Porque os Estados Unidos são o número 1 em gastos de turistas, apesar de estarem em terceiro lugar no número de turistas recebidos?

5) Aeroporto de Berlim Brandenburgo, Alemanha: Três aeroportos de Berlim deixarão de funcionar quando o Aeroporto de Brandenburgo passar a ser o principal eixo de transportes aéreos. Diferentes problemas técnicos adiaram a inauguração deste novo aeroporto de Berlim, que devia ser aberto em junho deste ano, mas deveria começar a operar no começo de 2013. O aeroporto foi projetado para receber até 45 milhões de passageiros por ano, com um design moderno, um grande complexo de hotéis, restaurantes, bares e cafés, tudo a 20 minutos de trem do centro de Berlim.
- Acessibilidade: uma das prioridades dos terminais internacionais. No Brasil, a prioridade é fazer um ponto de taxi na frente do desembarque.      

Enquanto isso no Brasil: segundo módulo operacional do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, entrou em funcionamento ontem (domingo, dia 1), em fase de operação assistida. Neste estágio, as operações no espaço são observadas para avaliar o funcionamento e realizar ajustes, caso necessário. O módulo, um investimento de R$ 4,55 milhões, cumpre a função de sala de embarque, contando com 1,2 mil m² e quatro portões. O espaço se localiza no pátio remoto central e recebe quatro voos regulares neste primeiro momento. O espaço oferece a mesma infraestrutura de uma sala de embarque convencional: lanchonete, Sistema Informativo de Voos (SIV) e ar condicionado. “A nova área aperfeiçoará ainda mais o funcionamento do aeroporto. Os passageiros ganham mais conforto e as operações contarão com uma nova área, o que traz benefícios para todos os envolvidos no cotidiano do terminal”, pontuou o superintendente de Brasília, Antonio Erivaldo Sales.

Fonte: Infraero e Panrotas                       

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