Em 2006 o Brasil recebeu 5,017 milhões de turistas estrangeiros. Em 2007, 5,025 milhões. Em 2008, 5,050 milhões. Em 2009, houve queda de 5% e chegou-se a 4,8 milhões. Em 2010, houve recuperação da queda, com a chegada de 5,16 milhões de visitantes, dos quais 3,6 milhões por via aérea. O mesmo patamar há anos. Há várias explicações (câmbio, falta de voos, falta de lugares nos voos, devido às viagens de brasileiros ao Exterior, falta de competitividade em relação a outros destinos, foco no turismo doméstico, bastante aquecido, falta de investimento maciço em publicidade no Exterior), mas analisar os dados sempre é bom para apontar caminhos e oportunidades. Confira a seguir alguns detalhamentos que o Portal PANROTAS pediu e a Embratur enviou. Esperamos que seja útil para o negócio de tantos fornecedores que dependem do receptivo internacional.
ÁFRICA
Foram 83,7 mil turistas, contra 78,1 mil em 2009. Angola liderou com 38 mil visitantes e a África do Sul ficou em segundo lugar, com 21,3 mil. Os números de Angola subiram e os da África do Sul caíram em relação a 2009.
AMÉRICA CENTRAL E CARIBE
A região colaborou com 38,9 mil visitantes, contra 31,8 mil no ano anterior. Destaque para a Costa Rica, com 9,8 mil turistas, contra 8,5 mil em 2009.
AMÉRICA DO NORTE
Fora, 773,1 mil turistas, cerca de 40 mil a mais em relação a 2009 (735 mil). Enquanto o Canadá manteve-se estável, com 64 mil visitantes, e o México caiu um pouco ( de 68 mil para 67,6 mil), os Estados Unidos subiram de 603 mil em 2009 para 641,4 mil no ano passado.
AMÉRICA DO SUL
Contribuiu com 2,4 milhões de visitantes, cerca de 300 mil a mais em relação a 2009. A Argentina liderou com 1,4 milhão, sendo 567,9 mil por via aérea. Veja outros resultados na região: Bolívia (subiu de 83,5 mil para 99,3 mil), Chile (subiu de 170,5 mil para 200,7 mil), Colômbia (subiu de 78 mil para 85,6 mil), Equador (caiu de 26,2 mil para 23 mil), Guiana Francesa (caiu de 15,1 mil para 12,6 mil), Paraguai (subiu de 180 mil para 194 mil), Peru (subiu de 79 mil para 81 mil), Guiana (5,2 mil), Suriname (2,9 mil), Uruguai (subiu de 189 mil para 228 mil, sendo 76 mil por via aérea) e Venezuela (caiu de 53,9 mil para 51,1 mil).
ÁSIA
A região cresceu no envio de visitantes ao Brasil: pulou de 200 mil para 220 mil. A China enviou 37,8 mil (contra 28,2 mil), a Índia 18,2 mil (contra 11,3 mil), Israel 37 mil (contra 29,4 mil), e a Coréia 30,8 mil (contra 24 mil).
EUROPA
Números estáveis: 1,612 milhão em 2009 e 1,614 milhão no ano passado.
Quem subiu: Alemanha (226,6 mil em 2010), Áustria (26,6 mil), Bélgica (34 mil), Espanha (179,3 mil), Holanda (76,4 mil), Portugal (189 mil), República Tcheca (5,7 mil) e Rússia (de dez mil para 15,9 mil).
Quem caiu: Dinamarca (21,4 mil em 2010), Finlândia (13,2 mil), França (199,7 mil), Grécia (7,5 mil), Hungria (4,9 mil), Inglaterra (167 mil), Irlanda (16,5 mil), Itália (245,5 mil), Noruega (27,8 mil), Polônia (13,8 mil), Suécia (34,1 mil) e Suíça (70 mil).
A maior explicação para a queda de muitos mercados e a estabilidade da maioria ainda é a recessão mundial iniciada em 2008, além do fato de o Brasil ter ficado mais caro devido à valorização do real.OCEANIA
O continente enviou 46,3 mil turistas, contra 48,2 mil em 2009. Destaque para a Austrália, com 36,8 mil.
OS DEZ MAIORES EMISSORES
1 - Argentina - 1,4 milhão. Share de 27,12% (em 2009 tinha 25,22%)
2 - Estados Unidos - 641,4 mil. Share de 12,43% (12,57% em 2009)
3 - Itália - 245,5 mil. Share de 4,76% (5,28%)
4 - Uruguai - 228,5 mil. Share de 4,43% (3,94%)
5 - Alemanha - 226,6 mil. Share de 4,39% (4,49%)
6 - Chile - 200,7 mil. Share de 3,89% (3,55%)
7 - França - 199,7 mil. Share de 3,87% (4,29%)
8 - Paraguai - 194,3 mil. Shae de 3,77% (3,76%)
9 - Portugal - 189 mil. Share de 3,66% (3,83% em 2009)
10 - Espanha - 179,3 mil. Share de 3,47% (3m63% em 2009)
ESTADOS MAIS VISITADOS
1 - São Paulo - 2 milhões
2 - Rio de Janeiro - 982 mil
3 - Paraná - 725 mil
4 - Rio Grande do Sul - 653,6 mil
5 - Bahia - 166 mil
6 - Santa Catarina - 128,4 mil
7- Ceará - 95,8 mil
8 - Pernambuco - 85,3 mil
9 - Mato Grosso do Sul - 68,1 mil
10 - Minas Gerais - 56,2 mil
11 - Rio Grande do Norte - 46,8 mil
12 - Distrito Federal - 37,9 mil
13 - Amazonas - 26,4 mil
14 - Pará - 19,5 mil
O Rio de Janeiro se destacou no crescimento (mais de 10% sobre 2009) e o Amazonas em decréscimo (de 37 mil para 26,4 mil).
Comentários: os estados do Pará e o Amazonas receberam juntos mais de 45 mil visitantes internacionais, o que é muito pouco. Devemos investigar as causas que levaram ao descréssimo significativo no número de visitantes no Amazonas, o principal pólo receptor de turistas internacionas na Amazônia. Para justificar o não crescimento aponta-se como uma das causas o câmbio, que está valorizado. Bem, mas se o país continurar crescendo no ritmo atual e com mais investimentos chegando, a tendência é que nossa moeda continue ou fique ainda mais forte, país desenvolvido com moeda fraca, só artificialmente, como na China. Alguns anos atrás, o câmbio estava bastante desvalorizado, tanto em relação ao dólar quando ao euro, e nem por isso tivemos tantos visitantes internacionais. Precisamos sim, melhorar a compeititvidade do nosso produto, se tornar mais agressivos na atração de visitantes internacionais, como mais oferta de vôo e preços mais atraentes. Lembrando que a vida de mais turistas internacionais com mais moeda trarão mais recursos, tornando nossa moeda ainda mais forte.
Para equilibrar esta balança, em vez de o governo brasileiro desestimular as viagens internacionais, aumentando o IOF sobre os gastos com cartões no exterior, deveria sim deixar o crescimento seguir seu curso normal. São medidas que apenas aumentam a arrecadação de impostos e são um impecílio ao desenvolvimento do setor.
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