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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cruzeiros no Brasil x Amazônia e os custos!

Entre esta e a próxima semana, diversos navios chegarão ao Brasil para dar início aos roteiros na temporada 2012/2013. A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) estima que, até abril do próximo ano, cerca 762 mil cruzeiristas aproveitem 280 roteiros de viagens. Durante esse período, 15 navios percorrerão 19 cidades do litoral brasileiro.

A oferta de cabines está 15% menor, se comparada aos 894 mil leitos disponíveis na temporada 2011/2012, por causa da temporada mais curta, cinco meses contra sete na última estação, e do aumento de roteiros rumo a Buenos Aires. “Vínhamos com temporadas repletas de mini cruzeiros, com duração de três a cinco noites, mas percebemos que o turista brasileiro prefere passar mais tempo a bordo. Por isso, esticamos as saídas e, agora, teremos menos viagens, porém mais longas, com média de sete noites”, afirma o presidente da associação, Ricardo Amaral.

A Abremar afirma que os custos de cabotagem têm sido elevados, principalmente no que diz respeito a Pis/Cofins de charter e combustível (o que não acontece no transporte de cargas). “Tal elevação de taxas faz com que as companhias busquem itinerários com menor custo e a capital argentina tem se apresentado mais atrativa”, diz a associação.

OFERTA
Os navios da estação 2012/2013 que estarão na costa do país serão: Costa Fascinosa, Costa Favolosa, Costa Fortuna, Costa Serena; Grand Celebration, Grand Holiday, Grand Mistral; MSC Fantasia, MSC Magnifica, MSC Musica, MSC Orchestra; Pullmantur Empress, Pullmantur Sovereign, Pullmantur Zenith; Splendour of the Seas (Royal Caribbean).

Veja abaixo a disponibilidade de vagas de cada companhia:

* De acordo com a Abremar, os dados podem sofrer alteração até o início da temporada.

Comentários: Os dados da Abremar, como já destaquei em outro post é somente em relação as saídas de portos localizados a partir de Fortaleza, no Ceará. As cidades amazônicas recebem operações diretamente do exterior e a base local da maioria das operações de embarque/desembarque tem ocorrido em Manaus, estando as demais cidades: Belém, Santarém, Parintins, Macapá, etc, apenas para visitas. Outra informação interessante é a falta de acompanhamento estatístico por parte do Ministério do Turismo deste tipo de operação na Amazônia, pois segundo dados das secretarias estaduais de turismo e empresas de receptivo, cada cidade tem recebido mais de 15mil cruzeiristas cada ao longo da temporada, com destaque para Belém e Manaus.
 
Outro destaque são os custos nacionais, de olho no movimento turístico, estados, municípios e a união tem aproveitado, na forma de taxas, para arrecadar mais, e com isso, diminuir a competitividade do produto nacional ("Custo Brasil"). Há alguns meses atrás, o Ministério do Turismo lançou campanha para atração de voos charters para diversas cidades brasileiras, mas se nossos destinos não forem competitivos, as operações simplesmente se tornam inviáveis, devido aos custos elevados. 
 
O exemplo acima e o mais recente da Gol mostra que nossos país vai chegar a Copa de 2014 muito pouco competitivo, com custos elevados e com real possibilidade de pouca demanda para uma oferta onerosa. A ida de parte das operações para a Argentina, para além dos custos, como destacou a Abremar, tem uma componente estrutural: o principal porto de navios de cruzeiros do Brasil (num país com mais de 8mil km de litoral é praticamente o único) esta com restrições operacionais, impondo cotas de navios que podem atracar simultaneamente, além do aumento das taxas portuárias.
 
A Gol, em vez de escolher uma cidade brasileira para uma base de operações internacionais, fará suas conexões na República Dominicana, mas uma vez as vantagens oferecidas por outros destinos termina por diminuir a oferta local e o aumento de preços.

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