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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Copa traz mudanças ao Sistema Aéreo Nacional!

A Copa esta trazendo mudanças (mal planejadas) para o setor aéreo brasileiro, o que era para ser feito em etapas e de forma mais planejada, esta sendo feito às pressas para evitar maiores problemas durante o evento. Com quase 200 milhões de passageiros movimentados em 2013 e taxas de crescimento de mais de 5% ao ano, os aeroportos tem virado grande foco de problemas para usuários do sistema como companhias aéreas e viajantes. Atrasos, cancelamentos e aumento de custos tem preocupado especialistas, além de afetar o balanço das companhias aéreas nacionais. Segue um resumo das principais mudanças em curso, numa análise feita pelo Wall Streer Journal:

Por ELIZABETH DWOSKIN, SUSAN CAREY e PAULO WINTERSTEIN - Wall Street Journal
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Com a ajuda da tecnologia, companhias aéreas estão remapeando as rotas de seus aviões para que possam economizar em tempo de voo e combustível
Executivos de companhias aéreas e autoridades do governo brasileiro estão se apressando para redesenhar as rotas aéreas do país e evitar congestionamentos durante a Copa do Mundo, que começa em dois meses.
Um número maior de satélites do Sistema de Posicionamento Global ajudará a automatizar a navegação e os pousos em aeroportos para tornar o espaço aéreo mais eficiente. E a GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA está usando um software sofisticado para descobrir como encaixar mais voos numa rota e também economizar combustível.
Em dezembro, os aviões que fazem a rota mais movimentada do país – a ponte aérea de uma hora entre Rio de Janeiro e São Paulo – começaram a voar mais próximos uns dos outros em rotas novas concebidas para maximizar o uso de combustível e atrasos em terra. Rotas novas em quatro outras cidades grandes – Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Vitória – serão implementadas até o fim deste ano, mas não está claro se alguma delas ficará pronta para a Copa.
"Se não fizéssemos essa mudança agora, não conseguiríamos lidar com a demanda da Copa do Mundo", diz o coronel Gustavo A.C. Oliveira, adjunto do subdepartamento de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo do Brasil.
A Copa do Mundo será disputada em doze cidades brasileiras durante um mês a partir 12 de junho. Espera-se que cerca de 600.000 estrangeiros visitem o Brasil para ver a Copa, um dos eventos esportivos mais populares do mundo, colocando ainda mais pressão em um espaço aéreo já sobrecarregado pelo crescimento da economia do país nos últimos anos.
O número de passageiros aéreos no Brasil quase triplicou desde 2002, para 200 milhões por ano, e centenas de novos aviões comerciais e privados foram adicionados à frota do país. Mas cerca de 4% de todos os voos comerciais no Brasil são cancelados ou não completam suas viagens por causa de condições climáticas, problemas mecânicos e de pessoal.
"O nosso espaço aéreo parece uma bola de espaguete", diz o capitão Pedro Scorza, diretor de operações técnicas da GOL, a segunda maior companhia aérea local do país em tráfego. "O mundo todo estará de olho em notícias sobre o Brasil" durante a Copa do Mundo, diz ele. "Se as pessoas disserem que o espaço aéreo está lotado, que os voos estão atrasados, [isso] vai criar uma imagem ruim."
Marco Bologna, diretor-presidente da Tam SA, diz que sua companhia está investindo para ter certeza de que seus pilotos estejam treinados e certificados para as novas rotas otimizadas. "Acreditamos que vai economizar tempo e, com certeza, combustível", diz ele. "Isso é muito importante." A empresa, uma unidade da Latam Airlines Group AS, serve 45 cidades brasileiras e é um pouco maior que a GOL no mercado interno.
O redesenho do espaço aéreo é apenas uma parte da corrida para modernizar o sistema de aviação brasileiro antes do início da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O governo também tem privatizado aeroportos para atrair investimentos em terminais e pistas novas, e a operadora estatal de aeroportos, Infraero, está investindo pesado em sistemas de radar e torres de controle. Um terminal novo no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, deve ser lançado em 11 de maio, com capacidade para 12 milhões de passageiros por ano, elevando a capacidade total do aeroporto em cerca de 40%, comparado à de 2012.
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Os aeroportos brasileiros recebem hoje 200 milhões de passageiros por ano, quase o triplo do total em 2002.
David Neeleman, diretor-presidente da companhia de descontos Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, diz que hoje há congestionamento de tráfego aéreo em torno das cidades grandes, o que desperdiça combustível. Além disso, o querosene de aviação no Brasil é cerca de 17% mais caro que a média mundial por causa do controle estatal de preços e da queda do real em relação ao dólar. Isso levou as companhias aéreas a pressionar por uma revisão geral do espaço aéreo, diz ele.
O Brasil segue os Estados Unidos e outros países que adotaram uma tecnologia de navegação nova para projetar rotas que podem economizar combustível e tempo de voo, ajudar a encaixar mais aviões no tráfego aéreo e ajudar os pilotos a navegar em condições meteorológicas desfavoráveis.
As técnicas foram desenvolvidas por um pequeno grupo de companhias de aviação comercial, liderado em parte pela Alaska Airlines, nos anos 90. Sua controladora, a Alaska Air Group Inc. queria encontrar uma maneira de pousar de forma mais consistente nos aeroportos remotos do Alasca, que são cercados por montanhas e mau tempo.
Agora, sinais de GPS e computadores sofisticados no cockpit podem guiar aviões ao longo de rotas mais consistentes e diretas, o que permite que aviões voem mais próximos uns dos outros. As rotas estão tão calibradas que pilotos, ao aproximar-se da pista, podem simplesmente monitorar os pousos já programados sem fazer os ajustes frequentes que queimam combustível.
Como o Brasil iniciou a reforma mais tarde que outros países, está se beneficiando de avanços recentes no poder de computação e ferramentas digitais. As autoridades de aviação estudaram milhares de procedimentos de navegação e aterrisagem em cada um dos aeroportos-alvo e testaram se qualquer mudança comprometeria a segurança.
Eles receberam assistência da GOL, que formou uma parceria com a unidade de aviação da General Electric Co. e usou software da GE para identificar as rotas mais eficientes. As empresas colocaram centenas de dados sobre voos – inclusive velocidade do vento, ângulo de descida, velocidade do avião e posição das abas das asas – em computadores que traçaram a rota que mais economizava combustível.
Além de reduzir o risco de atrasos, as mudanças garantem uma economia de dinheiro para as companhias. A Azul descobriu que a rota nova entre o Rio e São Paulo ajuda a cortar até cinco minutos de voo de cada um de seus 48 voos diários de um único itinerário – uma economia de US$ 10 milhões por ano, diz Neeleman. Ele diz que há planos para lançar as novas rotas de voo em Belo Horizonte, um aeroporto movimentado para Azul.
A GOL estima que em sua rota Rio-São Paulo poupará uma média de 76 litros de combustível de avião, ou um total de mais de US$ 70 por voo. "Multiplique isso pelo número de voos", diz o capitão Scorza, "e é uma grande economia".

Fonte: http://forum.contatoradar.com.br/index.php/topic/108487-brasil-redesenha-trafego-aereo-para-evitar-congestionamentos-na-copa/

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